A escultura "Medusa", magistralmente concebida em argila fria, transcende as representações clássicas do mito para oferecer uma visão visceral e audaciosa da górgona. Longe da beleza sedutora e aterrorizante, esta obra propõe uma Medusa que é, ao mesmo tempo, antiga, corrompida pelo tempo e pela fúria, e visceralmente masculina. O artista optou por uma abordagem que mergulha nas raízes mais primitivas e monstruosas do mito, desafiando convenções e convidando a uma reflexão profunda sobre a beleza, o poder e a monstruosidade. Em um mercado de arte que valoriza a originalidade, a intensidade emocional e a capacidade de uma obra de evocar diálogo, esta "Medusa" posiciona-se como um ativo cultural e estético de valor inestimável, ideal para colecionadores que buscam peças com personalidade forte, profundidade filosófica e uma presença dominante.
Visualmente, a escultura é impactante. O rosto, marcado por rugas profundas e um cenho severo, transmite uma fúria contida ou uma sabedoria amarga. Os olhos, semicerrados e pesados, sugerem um olhar penetrante. A boca ligeiramente aberta revela uma língua protuberante e pontiaguda, remetendo a criaturas fantásticas. A "cabeleira" é uma reinterpretação fascinante, apresentando formas orgânicas e retorcidas que lembram raízes antigas ou tentáculos. O material, argila fria, confere uma textura mate e orgânica, com a cor natural da argila terrosa contribuindo para a sensação de que a figura emergiu diretamente da terra. Tematicamente, a obra explora a essência brutal da mitologia, a transformação, a decadência e a monstruosidade, desafiando a percepção tradicional do mito.
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