A escultura intitulada "Olho", meticulosamente elaborada em argila fria, transcende a mera representação figurativa para se firmar como uma peça de arte profundamente evocativa e tátil. Longe de ser apenas um objeto decorativo, "Olho" é uma declaração silenciosa, um ponto focal que instiga a reflexão e eleva o ambiente onde está inserida. Sua proposta artística reside em transformar um dos órgãos mais simbólicos do corpo humano – o olho – em uma abstração que dialoga com a introspecção, a vigilância e a própria natureza da percepção. Em um mercado de arte que valoriza a autenticidade, a profundidade conceitual e a experiência sensorial, "Olho" emerge como um ativo cultural e estético de valor inestimável, prometendo ser uma aquisição que não apenas decora, mas também dialoga e inspira.
À primeira vista, "Olho" revela uma forma orgânica e quase primordial, uma silhueta ovalada e ligeiramente achatada que sugere a anatomia básica de um globo ocular, mas de maneira abstrata e estilizada. O centro apresenta uma reentrância esférica e côncava, que remete à pupila, o ponto de foco e a porta de entrada para a percepção. A riqueza textural, com sulcos e dobras concêntricas irradiando do centro, confere dinamismo e profundidade. A tonalidade monocromática, um cinza profundo e terroso, reforça a sensação de antiguidade e seriedade. Tematicamente, a obra convida à reflexão sobre a vigilância, a introspecção, o conhecimento universal e a abertura da percepção, tornando-se pessoalmente significativa para cada indivíduo.
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